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Abril azul: Mês de Conscientização sobre Autismo

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Nas relações sociais, nem sempre é possível ter uma boa comunicação, interações fáceis de lidar ou até mesmo manter comportamentos ditos adequados pela sociedade em geral. E, ainda, vamos mais longe. Você já pensou em como seria apresentar atrasos na linguagem, conviver com expressões faciais e gestos que nem sempre condizem com nossos sentimentos? Já imaginou não conseguir pronunciar palavras simples como mãe e pai ainda na infância? Passar por momentos de inquietude e, algumas vezes, ter regressão de habilidades?

Se você ainda não conseguiu imaginar-se vivendo nesse contexto, nós te fazemos um convite. Queremos te apresentar a pequena Maria Heloísa de 6 anos. Com um sorrisão no rosto, olhinhos brilhantes e uma alegria contagiante, a garotinha luta, ao lado de seus pais, Vilnara Costa e Ireudo Soares, para manter uma rotina como a de qualquer criança saudável. Lolô, como é carinhosamente chamada pela família, foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), aos 2 aninhos. A pequena é sobrinha da estagiária do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Iva Soares. A tia acompanha de perto a vida da criança. “É preciso muito amor e compreensão. A Maria é uma menina linda, muito inteligente e que tem o mundinho dela, mas que cabe, perfeitamente, em qualquer coração, porque ela é amor.”, afirma Iva Soares.

Este mês tem um significado especial para quem trava batalhas diárias em busca de diagnóstico precoce, tratamento e, por que não dizer, aceitação do TEA. O Abril Azul foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de conscientizar a população sobre o autismo, envolver a comunidade, trazer visibilidade e buscar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas são autistas no mundo.

Falar sobre o assunto e passar para frente conhecimento são formas de conscientizar. Nesse contexto, o DNOCS coloca luz em cima e chama a atenção para essa importante mensagem. O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficit na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados. Não há evidências científicas de que exista uma causa única para o autismo, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais.

De acordo com a psicopedagoga, Ariany Guerra, o TEA encontra-se listado no Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais na versão, a 5ª edição (DSM-5). Este manual desenvolvido pela Associação Americana de Psiquiatria define o TEA como um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos, podendo ser encontrado em três níveis de suporte: autismo leve, moderado e severo.

Já de acordo com a versão final da nova Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde (CID-11), o Transtorno do Espectro do Autismo é identificado também com subdivisões relacionadas à presença ou não de Deficiência Intelectual e/ou comprometimento da linguagem (fala).

Apesar de o TEA possuir essas classificações em manuais e organizações mundiais, hoje, sabemos que o autismo não é uma doença, por isso não tem cura e nem aparência. Na verdade, necessita de tratamento com equipe multidisciplinar, afirma Ariany Guerra.

Infelizmente o preconceito com pessoas autistas ainda é muito presente na sociedade devido a falta de informações sobre o transtorno, mas a união de famílias e profissionais que lutam para que os direitos dos autistas sejam assegurados vem mudando essa realidade.

COR AZUL

No autismo, o azul estimula o sentimento de calma e de maior equilíbrio para as pessoas. Nesse caso, o azul auxilia em situações em que a criança, por exemplo, apresenta uma sobrecarga sensorial. Atualmente, o autismo passou a ser representado pelo símbolo do infinito colorido que foi escolhido e criado pelos próprios autistas. O logotipo refere-se à neurodiversidade e a várias formas de expressão dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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